A real existência de uma Winchester Mystery House que existe ainda, agora como atração turística, e que foi sendo modificada, reconstruída durante anos a fio por sua proprietária, poderia render um bom filme de mistério sobre uma casa em constante reconstrução. Tal cenário daria margem a situações mais labirínticas e/ou “sem saída” do que o filme explora.
Enquanto o velho Hitchcock já ensinava a diferença entre “susto” (dura 3 segundos) e “suspense” (uma ameaça sabida pelo espectador, mas não pelos personagens, e que pode durar minutos ou até mesmo mais de hora) a opção aqui foi por sustos barulhentos, um clichê por demais explorado em produções do gênero.
A presença de Helen Mirren no elenco poderia despertar atenção até mesmo de uma parcela de público desinteressada em filmes de terror sobrenatural, mas provavelmente estes, fãs da atriz, se decepcionarão: esperamos que o cachê tenha valido a pena. Ou que sirva para a atriz ter seu nome lembrado junto ao público aficionado de tais produções. De outro modo, sua presença nesta produção de qualidade B não se justifica.
A dupla de irmãos, The Spierig Brothers, que assina o filme, não ficará em companhia de outras duplas infinitamente mais talentosas como os Coen, Dardenne ou os Taviani.
