Críticas


MILLENIUM: A GAROTA NA TEIA DE ARANHA

De: FEDE ALVAREZ
Com: CLAIRE FOY, SYLVIA HOEKS, LAKEITH STANFIELD
07.11.2018
Por Luiz Fernando Gallego
Transformaram Lisbeth Salander em uma personagem indestrutível, muito além da maior suspensão da descrença.

O escritor sueco Stieg Larsson morreu em 2004 sem usufruir o sucesso de sua série de livros “Millenium”, três novelas policiais lançadas postumamente que foram levadas às telas pelo cinema de sua terra em 2009: Os Homens que não amavam as mulheres, dirigido porNiels Arden Oplev, A Menina que brincava com fogo e A Rainha do Castelo de Ar, estes dois dirigidos por Daniel Alfredson. Todos os três traziam Noomi Rapace no papel de Lisbeth Salander, a hacker (ou cracker) cheia de piercings e tatuagens.

Em 2011, sob direção de David Fincher, o cinema americano fez sua versão do primeiro livro da trilogia, aqui lançado como Millennium: A Garota na Teia de Aranha, com Rooney Mara no papel da garota de aspecto punk.

Depois da morte de Larsson, que planejava uma série de dez livros, sua personagem ganhou continuação em duas continuações escritas por David Lagercrantz, o primeiro do qual chega às telas pelas mãos de Fede Alvarez, tendo Clare Foy na personagem de Salander.

Apesar de cuidados visuais na direção, o enredo lembra mais uma mescla de filmes de James Bond, com a personagem central transformada numa protagonista indestrutível, algo como um Tom Cruise de qualquer "Missão Impossível". Há exageros na suspensão da descrença exigida ao espectador e Claire Foy é a menos carismática das atrizes que já viveram a personagem. Em busca de uma expressão facial impassível, ela acaba por parecer mais com um robô, assim como esta Salander acaba por se assemelhar em sua invulnerabilidade absurda.

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