Críticas


FESTIVAL DO RIO 2009: MOSTRA HOMENAGEM À ARTE

De: VÁRIOS DIRETORES
29.09.2009
Por Críticos.com.br
FESTIVAL DO RIO 2009: MOSTRA HOMENAGEM À ARTE

SALAMANDRA



Direção: Pablo Aguero.



por Luiz Fernando Gallego em 07/10/2009



Alba, uma mulher que esteve presa nos anos de chumbo argentinos pega o filho de seis anos que estava com a avó (sua sogra? a mãe de Alba?) e vai para o sul. Lá, adere a uma comunidade hippie. O filme se passa, deduzimos, pouco depois da redemocratização argentina e sugere que - lá como aqui - houve um “desbunde” de sexo & drogas, mas nada é dito sobre os antecedentes políticos de Alba ou dos outros personagens, agora naturebas e/ou drogados em estado de mendicância.



O filme usa aquele tipo de câmera que corre atrás da movimentação dos atores em cenas externas e internas, com a aparência de certo grau de improvisação. Apesar de contar menos de 90 minutos, logo fica cansativo, prolixo, com excesso de pontas soltas. O desempenho do menino poderia até ser comovente, mas incomoda ver um pequeno ator em cenas e situações tão bizarras.



O filme parece querer mostrar o quanto a ditadura militar argentina foi destrutiva e que o que se perdeu não se recuperará mais - tal como a sanidade mental de Alba (mas que pela atriz deixa a impressão que já não era das melhores). Só que para falar do que foi destruído não era necessário que o filme fosse tão mal construído - e incômodo. Até para ser nihilista é necessário algum modo de transformação do material bruto em linguagem cinematográfica - que neste filme é tosca.



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VENHO DE UM AVIÃO QUE CAIU NAS MONTANHAS (Stranded: I´ve Come from a Plane That Crashed on the Mountains)



Direção: Gonzalo Arijón



por Carlos Alberto Mattos em 29/09/2009



Como tudo o que se refere ao episódio dos sobreviventes dos Andes, o filme de Gonzalo Arijón causa impacto e nos confronta com pensamentos extremos. Stranded venceu o festival de Amsterdã, abriu o É Tudo Verdade 2008 e furou a barreira dos circuitos comerciais em boa parte do globo, menos no Brasil. Mérito não só do tema, mas principalmente da qualidade cinematográfica. Quase dois terços do que se vê são encenações que mais sugerem do que “mostram” os acontecimentos dos 72 dias de inferno na neve. É como se alguém estivesse presente com uma câmera Super 8, morrendo de frio, perdendo o foco e o prumo das imagens, embora com um controle estético do erro a cargo de Cesar Charlone.



Eis uma boa demonstração de como um assunto super-exposto pode ganhar nova dimensão mediante um tratamento digno e um artesanato insinuante. Mesmo sem escamotear os pormenores mais dramáticos do fato, o filme põe em primeiro plano a dimensão filósófica e o legado humano de uma convivência tão íntima com o espectro da morte.



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