Especiais


FESTIVAL DO RI0 2011: REPESCAGEM – ÚLTIMA CHANCE

20.10.2011
Por Críticos.com.br
FESTIVAL DO RI0 2011 - REPESCAGEM - ÚLTIMA CHANCE

JEAN-PAUL GAULTIER, QUEBRANDO AS REGRAS



26/10/2011 - 14:30 no Estação Sesc Botafogo 1



CARLOS ALBERTO MATTOS



Dirigido por uma de suas ex-modelos, Farida Khelfa, este doc abre grandes espaços para outras parceiras célebres de Jean-Paul Gaultier. Carla Bruni e Dita Von Teese aparecem entrevistando o estilista, enquanto Madonna enfeita diversos momentos do filme. Nessas relações transparece bastante do diferencial de Gaultier frente a nomes aristocráticos de gerações anteriores, como Cardin, St. Laurent e Valentino. Ao contrário deles, Gaultier é filho do pop, do rock, da TV e do cinema. Nunca pretendeu ser um intelectual da moda. Esteve sempre com o pé no mundo do espetáculo e na atualidade.



O doc é um programa de televisão de 52 minutos, aditivados pela metralhadora oral de Gaultier. Ele reconta velozmente sua carreira, a formação do seu gosto, suas influências e preferências, assim como o romance com o companheiro Francis Menuge, morto pela Aids. Uma entrevista-base, muito material de arquivo, e basta para compor um perfil relativamente superficial. Os “choques sociais” provocados pelos desfiles de JPL passam batidos numa reportagem mais interessada em passar informações concisas que em investigar o sentido desse capítulo da história da moda.



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NO GELO, de Andrew Okpeaha MacLean



26/10/2011 - 22:00 Est Sesc Botafogo 1



por Luiz Fernando Gallego



Em Berlim 2011, No Gelo recebeu o prêmio de melhor longa de estréia e levou o ‘Urso de Cristal’ da Mostra Geração. O enredo parece ser um desenvolvimento do curta-metragem Sikumi (traduzido igualmente como “On the Ice” como título internacional) pelo qual o diretor Okpeaha MacLean recebeu vários prêmios. A situação de base já foi bastante explorada no cinema: uma briga entre amigos causa a morte acidental de um deles e para esconder outros deslizes (os brigões haviam bebido e fumado alguma droga) decide-se esconder o corpo e comunicar o desaparecimento do morto de modo “acidental” mas sem participação de outrem no acidente fatal.



No caso deste filme, todo filmado na pequena comunidade de nome Barrow (Alaska) com seus moradores de ascendência Inupiati (esquimós), o corpo é jogado em uma brecha do gelo.



O cerne do filme é a questão moral que atravessa toda a conduta dos personagens, mais diretamente os dois jovens que escondem o corpo e o pai de um deles, Qalli (o mais “certinho”, em oposição ao seu grande amigo “troublemaker”, Aivaak). Os três atores centrais correspondem muito bem aos seus papéis.



É muito interessante para o espectador brasileiro entrar em contacto com uma turma de jovens, que chamamos genericamente de “esquimós”, cantando hip hop, usando maconha (ou algo mais), preocupados com ida para a Universidade ou com a gravidez não-planejada de sua garota, armando festinhas na ausência dos pais, bebendo, brigando – enfim, um grupo tão universal quanto qualquer outro nesta faixa etária e que vistos desse modo perdem a conotação de tão “diferentes” - ainda que, ao mesmo tempo, lhes seja comum sair armados para caçar focas, leões marinhos ou alces (para congelar e servir de alimento), usar um dialeto (especialmente os mais velhos) ao lado do inglês dominante, movimentarem-se em modernas motos especiais para neve em um ambiente cuja temperatura chega a menos de 40 graus negativos no inverno, onde o sol não se põe entre Maio e Agosto e nunca aparece entre Novembro e Janeiro. Segundo o cineasta (ele também um Iñupiaq criado nesta cidadezinha), a história que ele conta “pode acontecer em qualquer lugar do mundo, mas o modo como acontece só poderia se passar ali”.



A fotografia de Lol Crawley utiliza o cenário gelado e quase todo branco para o clima emocional de isolamento (e desalento). A vivacidade dessas tomadas externas pela câmera de Okepeaha MacLean enquadra bem as imagens mais densas utilizando-se de takes à distância que funcionam adequadamente e são bem articuladas pela edição. Cabe ainda destacar a música de iZLER (o nome deste compositor tcheco é escrito assim mesmo). Agora é torcer para entrar na respescagem do “festival última chance” pois é outro filme “pequeno” mais bem sucedido nos resultados do que certos experimentalismos frustrados e frustrantes.



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MEMÓRIAS DE MINHAS PUTAS TRISTES



- 25/10/2011 - 18:00 no Estação Sesc Botafogo 1



CARLOS ALBERTO MATTOS



Reunir Garcia Márquez e Jean-Claude Carrière na escrita de um filme é sair com alguns corpos de vantagem. Teoricamente, apenas, já que o resultado visto em Memórias de Minhas Putas Tristes só confirma a maldição de Gabo nas telas. Em tantas transposições de seus romances para o cinema, o essencial teima em se perder. A acidez poética, a fluência de coisa mais contada que vivida, isso fica nos livros, enquanto para os filmes passam somente o esqueleto das situações e, quando muito, tentativas canhestras de reproduzir uma atmosfera meio mágica e romântica.



Este filme dirigido pelo dinamarquês Henning Carlsen, mas felizmente com atores e diálogos hispânicos, não é desastroso como O Amor nos Tempos do Cólera, de Mike Newell. Pelo menos não enfileira estereótipos de latinidade ou de suposto realismo mágico. Mas tem um indisfarçável sabor de naftalina ao contar a história do velho lobo de bordéis que chega aos 90 anos disposto a ter, enfim, uma noite de amor verdadeiro. A visão um tanto defasada e “masculina” de temas como virgindade e prostituição se sustenta no livro enquanto produto de um deslocamento nostálgico, assim como o de "Leite Derramado", de Chico Buarque. Mas no filme, sem a enunciação típica de Garcia Márquez, tudo assume um aspecto anódino, traduzido na fotografia pálida e na cenografia que mais sugere um especial de televisão de três décadas atrás.



A veneranda Geraldine Chaplin injeta alguma garra em suas intervenções como a dona do prostíbulo, falando em espanhol, herança de seu casamento com Carlos Saura. Angela Molina tem uma ponta, assumindo na maturidade o personagem interpretado na juventude por sua filha Olivia. Emilio Echevarría, que vive o protagonista El Sabio, impõe-se mais pela presença física do que pela capacidade de dotar seu personagem de alguma espiritualidade.



Se faço menções aqui ao livro é somente porque seu autor é o principal chamariz e a razão de existir do filme. Não fosse essa origem nobre, Memórias..., o filme, não passaria de um exercício frio e ultrapassado que não interessaria a muita gente.



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NÃO ME ESQUEÇA, ISTAMBUL



Odeon Petrobras 23/10/2011 - 18:30



CARLOS ALBERTO MATTOS



As intenções desse projeto de filme em episódios são certamente melhores que os resultados. Feito para celebrar Istambul como capital da cultura europeia em 2010, reuniu um diretor turco e seis não-turcos para contar histórias que tematizassem os laços da cidade com o passado dos países balcânicos e do Oriente Médio. Afinal, como antiga capital do Império Otomano, a ex-Bizâncio carrega ressonâncias de grande alcance.



Assim, os seis episódios e o segmento que serve de moldura geral tratam de personagens estrangeiros em visita a Istambul por motivos diversos. As relações que eles estabelecem com a cidade e seus habitantes pretendem formar um retrato do cosmopolitismo, da modernidade e dos ecos históricos do lugar –sejam eles amenos como o da senhora síria que chega para visitar a irmã e se perde nas ruas, sejam graves como o músico armênio que procura traços de um avô vitimado pelo massacre de 1915.



A maior parte das histórias soa cifrada demais para um público não iniciado nas questões da região. E nem todas deixam clara a importância específica de Istambul em sua gênese. Uma chega mesmo a soar gratuita e deslocada, envolvendo um casal de amantes palestino-israelense. De maneira geral, faltou uma atenção com a universalidade e uma liga entre os episódios que fosse mais expressivo que cortes abruptos para as paisagens do Estreito de Bósforo.



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DE MÃOS LIVRES



22/10/2011 no Est Sesc Botafogo 1 - 14:00



CARLOS ALBERTO MATTOS



Taí um filme que podia ter sido feito no Brasil. Aliás, já foi, e era bem superior. O documentário Entre a Luz e a Sombra, de Luciana Burlamaqui, acompanhava a complexa história de amor entre a atriz Sofia Bisilliat e um presidiário com quem ela trabalhava no Carandiru. A francesa Brigitte Sy, aqui estreando no longa-metragem, viveu ela própria experiência semelhante à de Sofia enquanto escrevia um roteiro a partir da vida de um grupo de detentos. De Mãos Livres (Les Mains Libres) é a versão dramatizada desses fatos.



A natureza pouco comum do relacionamento entre a cineasta e o presidiário, restrito a rápidos cochichos e toques clandestinos, é um desafio para qualquer roteirista. Brigitte se sai relativamente bem, destacando primeiro as oscilações entre representação e sentimentos reais, depois as peripécias de um amor aparentemente condenado ao fracasso. Se não há grandes lances a esperar, há pelo menos uma direção de atores bastante interessante a observar. Sobretudo no que diz respeito ao trabalho das mãos, dos gestos que tentam desesperadamente ampliar o pouco que as palavras podem exprimir no ambiente carcerário. A direção é tão boa que chega a ser inconveniente quando os presidiários têm que atuar para o filme-dentro-do-filme e o fazem com precisão implausível.



A sequência final, perfeita representação da espera e da ansiedade, é outro discreto atrativo que justifica ver De Mãos Livres.



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MAMA ÁFRICA, de Mika Kaurismäki



22/10/2011 - 20:00 no Estação Sesc Botafogo 1



por Luiz Fernando Gallego



Assim como Maurice Ravel sofreu uma espécie de “maldição” com o sucesso popular de sua peça para dança, o “Bolero” (quando ele preferia muitas outras composições suas), Mirian Makeba lamentava que seu maior sucesso, quase sua “marca registrada”, fosse "Pata Pata".



O novo documentário musical de Mika Kaurismäki (que já filmou nosso gênero musical mais doce, o choro, em Brasileirinho, dentre outros docs tendo música como tema) ajuda a lembrar - ou mesmo informar - porque Mirian preferia outras canções de seu repertório. Mostra quem foi de fato essa cantora de sucesso mundial e combatente pelos direitos humanos - dos negros em particular, fosse em sua terra natal, a África do Sul, fosse nos Estados Unidos onde se radicou por um período – e onde foi boicotada após casar-se com Stokely Carmichael, líder do movimento “Black Power” dos anos 1960/70.



É surpreendente escutar da artista, nos anos 1970, com uma fala que transmite permanente doçura mais autêntica do que ensaiada, que a diferença entre Estados Unidos e África do Sul seria pelo fato do preconceito e ódio raciais na África do Sul serem mais manifestos, às claras, evidentes. Isso serviria para o nosso Brasil – de onde ela encontrou um de seus acompanhantes principais, o grande Sivuca do acordeão (e violão) que aparece em vários trechos de arquivo em shows, ou mesmo fora dos palcos em convívio com a cantora e a banda da (merecida e de fato) estrela (sem estrelismos). Tal convívio fez Makeba gravar Adeus, Maria Fulo do próprio Sivuca (que não é tocada no filme) e Reza (“laia-ladaia-sabadã-avemaria”), de Edu Lobo – cuja autoria não é mencionada nos créditos finais.



Makeba falou na ONU contra o “apartheid” sul-africano em 1963 e em 1964, indo além do mero cantar músicas “de protesto”, mas não descuidava da qualidade artística de suas interpretações, de seus músicos, de seu repertório vasto e em diversas línguas africanas. Sem condições de voltar à sua terra natal desde 1959, ao ficar sem condições de permanecer nos Estados Unidos depois de seu casamento com Carmichael, foi acolhida na Guiné, em um período em que os líderes africanos se direcionavam para um pan-africanismo que se perdeu com novos presidentes ou ditadores que ela chama de “neocolonialistas” visando interesses do Ocidente ou do Oriente, mas não da África. Só voltou à África do Sul após a libertação de Mandela.



Com boa utilização de muitas - e reveladoras - imagens de arquivo assim como de várias entrevistas de gente que conviveu com Makeba , este novo documentário de Mika Kaurismäki tendo música (e/ou músicos) como tema confirma seus acertos nesta área, talvez pela sua paixão pela melodia - e pelo ritmo.



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DORMIR AO SOL, de Alejandro Chomski



Dia 21/10 às 14 horas Estação SESC Botafogo 1



LUIZ FERNANDO GALLEGO



Esta versão do romance de Bioy Casares, Dormir al Sol (1975), pode reacender mais uma vez, o debate sobre a transposição de obras originalmente literárias para a linguagem cinematográfica.



Adolfo Bioy Casares (1914-1999) ainda é insuficientemente traduzido e divulgado no Brasil, ficando (injustamente) mais conhecido como grande amigo de Jorge Luís Borges - de quem foi parceiro eventual em algumas obras de co-autoria. Sua marca registrada é a de ficções que não tem sua narrativa claramente definida como “realista” ou “fantástica”: o insólito de situações estranhas vai se imiscuindo na diegese realista, provocando no leitor uma sensação de desconforto: não há exatamente um clima terrorífico explícito, mas a “realidade” que suas narrativas recriam se parece tanto com o que consideramos “real” quanto um sonho que mescla fatos vividos com situações mais ou menos – ou muito - absurdas.



Sua obra-prima é também sua primeira novela (no sentido de romance curto), a magistral Invenção de Morel - atualmente em voga por ter sido fonte de inspiração declarada pelos criadores do seriado Lost. Mas também Ano Passado em Marienbad, de Robe-Grillet e Alain Resnais, em 1961, pagaria tributo à invenção de Casares em suas páginas antecipatórias de hologramas e realidades virtuais (em 1942 !) compondo uma trama filosófica sobre o tempo e a transitoriedade da existência e dos relacionamentos humanos (esta é apenas uma das inúmeras leituras que o livro propicia). Se o resultado se constituiu em um dos maiores romances do século XX, caso pretendêssemos resumir seu enredo, estaríamos banalizando e empobrecendo seu trunfo máximo que é o da linguagem escrita: como Casares transmitiu o enredo fantástico que imaginou. Levado duas vezes às telas sem ter havido exibição no Brasil, desconhecemos o sucesso ou insucesso destas versões cinematográficas.



Dormir al Sol tem um enredo menos genial do que o de Morel, mas sua leitura consegue o mesmo resultado oniróide ao introduzir elementos fantásticos em uma narrativa de aparência realista. Não se trata do enxovalhado “realismo fantástico” do boom da literatura hispano-americana dos anos 1970, mas algo mais sutil, urbano, profundamente argentino e universal a um só tempo, mais influenciado pela forma de Edgard Allan Poe do que pelo conteúdo macabro dos contos do autor norteamericano. No entanto, poucas vezes Casares esteve tão próximo do terror como aqui, lembrando que "Plano de Evasão", de 1945, antecede o romance que deu origem a Ilha do Medo, de Scorsese, igualmente delirante/terrorífico.



O que bate na tela sob a direção deAlejandro Chomski é correto e até mesmo com alguns lances de inventividade visual, mas em momento algum há uma recriação em linguagem cinematográfica que faça do filme algo mais do que um bom episódio de Além da Imaginação. Poderá satisfazer muitos espectadores que queiram ser surpreendidos por um enredo cheio de estranhezas, mas não deixa de ser uma espécie de “ilustração visual” servil ao pé da letra do romance, sem maiores vôos próprios. É ótimo o desempenho de Luiz Machin no personagem central, muito boa a trilha musical de Ruy Folguera, e eficiente a direção de arte, cenários e figurinos na recriação do clima anos 1940/50.



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AUSENTE , de Marco Berger



no Odeon Petrobras 21/10/2011 - 21:00



DANIEL SCHENKER WAJNBERG



Desde a sequência de abertura de Ausente , formada por flashes de partes de corpos masculinos, o diretor Marco Berger evidencia a decisão de promover uma articulação entre a temática da descoberta da sexualidade e a utilização de ferramentas do suspense. Uma conjugação que não chega a ser surpreendente, mas tende a suscitar curiosidade no espectador em relação a essa produção argentina.



Berger destaca a determinação de Martin, um adolescente de 16 anos, a seduzir Sebastian, o professor de natação, ao se valer de uma série de subterfúgios para passar a noite na casa dele. A expectativa advinda dos riscos dessa conquista é evidente, mas Marco Berger não fica circunscrito aos limites de verossimilhança da situação ficcional. Exagera propositadamente na construção da tensão, o que confere interesse ao filme.



O desenlace final soa algo exagerado, ainda que o diretor procure registrar de maneira oportuna a desestabilização atravessada por Sebastian, personagem heterossexual que trava uma relação algo ambígua com Martin e reage de modo intempestivo à revelação de que é desejado pelo aluno.



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TILLMAN, UM HERÓI SOB MEDIDA



CARLOS ALBERTO MATTOS



Patt Tillman tinha tudo para ser um all american hero: rapagão forte e saudável, queixo quadrado, estrela do futebol americano, que interrompeu a carreira no apogeu para se alistar na guerra do Iraque. De fato, quando ele morreu na aridez de um cânion iraquiano, o exército tratou de colocá-lo imediatamente no panteão. O documentário de Amir Bar-Lev, entre os mais festejados da temporada americana de 2010, mostra como a família de Patt reagiu contra o uso do rapaz na glorificação oficial da guerra.



O pressuposto dramático é o oposto do que se vê normalmente, que são famílias faturando na heroicização de seus mortos. Os Tillman começaram sua cruzada ao descobrir que, ao contrário do que fora inicialmente divulgado, Patt havia sido morto por fogo amigo, provavelmente fruto da ansiedade e da excitação causadas pela guerra entre os jovens soldados. Depois, ao perceber que as honras oficiais contrariavam os desejos e posturas de Patt. Aos poucos, o alvo passou a ser a cadeia de comando do exército e do governo Bush.



Amir Bar-Lev (My Kid Could Paint Like That) fez um trabalho exemplar de levantamento e reconstituição jornalística dos fatos e da batalha judicial dos Tillman. Assim conseguiu desdobrar um caso aparentemente isolado para dimensionar as contradições e a desfaçatez de um dos piores capítulos da história americana recente. Patt Tillman estava fadado, sim, a ser uma espécie de herói, mas não exatamente aquele que os EUA gostariam de levar para seus livros escolares.

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