Centro Cultural Banco do Brasil (Rio e São Paulo)
Hitler Terceiro Mundo (direção José Agripino de Paula, Brasil, 90’, 1968), tendo Bodanzky como diretor de fotografia, em filme dirigido por José Agripino de Paula, montado por Rudá de Andrade e estrelado por Jô Soares, que mostra a ascensão de um líder nazista no Terceiro Mundo, em uma obra futurista, visionária e bem humorada.
Caminhos de Valderez (Brasil, 25’, 1971), misto de documentário e ficção, o filme tenta analisar, em plena ditadura, a dupla face de Brasília, de um lado arrojada e de outro um celeiro místico, partindo da vida da jovem Valderez.
Iracema – Uma Transa Amazônica (co-direção Orlando Senna, Brasil/Alemanha/França, 90’, 1976), filme de estréia de Bodanzky como diretor, é uma corajosa denúncia sobre a devastação na Amazônia.
Os Mucker (co-direção Wolf Gauer, Brasil/Alemanha, 105’, 1978), retrato da saga da colonização de uma região do interior do Rio Grande do Sul por imigrantes alemães, em 1873, em torno da camponesa Jacobina Mentz, que com seu idealismo libertário e justo, provoca a comunidade local neste filme todo falado no dialeto hunsruecksch.
Terceiro Milênio (co-direção: Wolf Gauer, Brasil/Alemanha, 95’, 1980) acompanha num misto entre documentário e ficção uma campanha eleitoral do senador amazonense Evandro Carreira.
Volkswagen: Operários na Alemanha e no Brasil (co-direção Wolf Gauer, Brasil/Alemanha, 95’, 1980), um filme que traça um paralelo da vida e do trabalho de dois operários da Volkswagen, um no Brasil e o outro na Alemanha, com funções idênticas na montagem do Fusca.
Jari (co-direção Wolf Gauer, Brasil, 60’, 1980), um documentário que acompanha os parlamentares designados por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a devastação da Amazônia, na região do polêmico projeto do milionário americano Daniel Ludwig, e que, confundido com o cinegrafista oficial do Congresso Nacional, Bodanzky continuou filmando livremente após a saída dos parlamentares.
Amazônia, o Último Eldorado (Brasil, 2x37’, 1982), foi realizado para o programa televisivo Globo Repórter, em dois episódios. A partir do Mato Grosso, seus realizadores fizeram um círculo em torno da Amazônia, flagrando os principais problemas da região numa época de autoritarismo e censura.
Igreja dos Oprimidos (co-direção Helena Salem, Brasil/França, 75’, 1985), com participação especial de Leonardo Boff, o documentário, rodado no sul do Pará, região de graves conflitos de terra, narra o espírito de solidariedade que uniu os movimentos eclesiais de base e os camponeses pobres da região.
Aventuras de Igor na Antartida (Brasil/França, 46’, 1987), no qual um garoto de três anos brinca com focas e pingüins como os da cidade brincam com cães e gatos.
A Propósito de Tristes Trópicos (co-direção Patrick Menget e Jean-Pierre Beaurenaut, França, 46’, 1990), um filme que refaz a viagem do antropólogo Lévi-Strauss pelo Mato Grosso nos anos 1935 e 1938 e que resultou no livro “Tristes Trópicos”.
Surfista de Trem (Brasil/França, 18’, 1991), no qual retrata a vida arriscada dos surfistas de trem no Rio de Janeiro, com imagens realizadas por eles mesmos.
Era uma Vez Iracema (Brasil, 45’, 2005), documentário feito para integrar o DVD do filme Iracema, Uma Transa Amazônica, por meio de entrevistas com os autores, atores, críticos e cineastas, discute, 30 anos depois, a linguagem desse filme que se tornou um cult do moderno cinema nacional.