Críticas


SEM CONTROLE

De: CRIS D´AMATO
Com: EDUARDO MOSCOVIS, MILENA TOSCANO, VANESSA GERBELLI
04.11.2007
Por Carlos Alberto Mattos
ESSA PEÇA É UMA LOUCURA

O projeto era ambicioso: reencenar um célebre caso jurídico do século 19, que precipitou a extinção da pena de morte no Brasil, com elementos contemporâneos de metalinguagem. Temos, então, um diretor de teatro em crise nervosa, uma encenação no manicômio, uma paixão louca – e assim elimina-se o tempo, além de uma cara reconstituição de época. Em troca, Sem Controle nos oferece pouco mais que clichês de dementes, homem perdido e mulheres enciumadas.



Estreando na direção, Cris d’Amato dá mostras de apreciar o estilo do terror adolescente asiático. De um lado, privilegia a visualidade, o que não é mau. De outro, investe numa histeria sonora crescente, que faz uma cena de amor soar como um prédio em demolição. Talvez, se o elenco não esbanjasse tanto “charme” fora de lugar e Eduardo Moscovis não balançasse tanto o corpo para expressar instabilidade, houvesse um maior controle sobre o resultado.



SEM CONTROLE

Brasil, 2007

Direção:
CRIS D’AMATO

Roteiro: SYLVIO GONÇALVES

Fotografia: NONATO ESTRELA

Direção de arte: ALERXANDRE MEYER

Montagem: EDUARDO HARTUNG

Música: PEDRO BERNARDES

Elenco: EDUARDO MOSCOVIS, MILENA TOSCANO, VANESSA GERBELLI, DIRCE MIGLIACCIO

Duração: 90 minutos

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