Críticas


HANNAH ARENDT

De: MARGARETHE VON TROTTA
Com: BARBARA SUKOWA, AXEL MILBERG, JANET McTEER
04.07.2013
Por Luiz Fernando Gallego
Apesar do desempenho marcante de Barbara Sukowa, o filme sofre com roteiro problemático

Apesar do desempenho marcante da atriz Barbara Sukowa, o filme Hannah Arendt, dirigido por Margarethe Von Trotta, sofre com um roteiro problemático assinado pela cineasta e por Pam Katz. A partir do que vemos/ouvimos Martin Heidegger (com quem Arendt manteve relações profissionais e amorosas) dizer sobre o pensar ser uma atividade solitária, o filme cai no velho clichê de apresentar a personagem central como mais um “herói solitário” do cinema, e de feitio idealizado porque mantém suas convicções contra opiniões generalizadas avessas ao seu trabalho. No caso, os artigos que escreveu para a revista The New Yorker - e que eram, na verdade, um ensaio filosófico-político - sobre o julgamento do nazista Eichmann por um tribunal israelense no início dos anos 1960. Foi presenciando esse fato real (visto no filme em cenas documentais) que Arendt formulou a – hoje respeitada – tese sobre a banalidade do mal, negando ao nazista o status de “monstro”, afirmando que ele era uma pessoa “normal, um “ninguém”.

As reações foram tremendas: ela sofreu rejeição de amigos - e até mesmo Israel enviou emissários algo ameaçadores pretendendo que ela não publicasse o ensaio em livro – que foi intitulado Eichmann em Jersualém. O filme - que começa e termina com Hannah sozinha, fumando – e pensando, é claro – mostra com bastante ênfase o mal-entendido segundo o qual ela estaria como que absolvendo Eichmann ao compreendê-lo de um modo inédito e original, por mais que ela dissesse que compreender não é perdoar. Mas também a vemos muito questionada por, supostamente, “acusar” as vítimas por haver tocado no papel de lideranças judaicas as quais teriam, de certa forma, propiciado a extensão do Holocausto por tentativas de negociação com os nazistas. Este segundo ataque ainda é mais enfatizado pelo filme sem que o espectador seja informado mais claramente (a não ser por uma breve cena – real – do julgamento) a que Hannah se referiu mais exatamente para causar tanta revolta entre os judeus.

De certa forma, o filme propicia que o espectador saia do cinema mais a par do que foram as críticas que ela recebeu do que mais esclarecido sobre sua “defesa” - que ela teria acabado por aceitar fazer publicamente, o que é visto em uma cena (com intenção de ser um “clímax”) próxima do final, mas ainda assim, seguida por outra forte desaprovação de um amigo da filósofa. Não se trata de cobrar do filme que seja um documentário sobre o pensamento de Arendt, mas como ficcionalização de episódios de fato acontecidos, encontramos opções questionáveis.

Há bastante apoio afetuoso de uns poucos: de seu marido, Heinrich Blücher (mesmo discordante de vários pontos quanto ao que Hannah pensava) e de uma amiga fiel, chamada apenas de ‘Mary’ durante todo o filme, ficando de fora que esta é a escritora Mary McCarthy, cujo romance mais famoso, O Grupo, foi levado às telas em 1966 por Sidney Lumet; mas só vamos saber quem ela é se ficarmos para os créditos finais do elenco. Já o autor de um texto que se pretendia arrasador contra os artigos de Arendt é nomeado apenas de ‘Norman’ (seria Norman Mailer?) até na lista do cast.

Algumas ideias atribuídas à pensadora podem impressionar, tal como na cena em que ela faz sua única autocrítica ao corrigir que “o mal não é profundo e radical: o que é profundo e radical é o bem; o mal é apenas extremo”. Mas pode ser de difícil assimilação o que ela afirma quanto a um “equívoco” da tradição ocidental pensar o egoísmo como raiz do mal. O filme poderá ter o mérito de provocar curiosidade para conhecermos os escritos de Hannah Arendt - e até, seguindo a independência de pensamento que ela exemplifica, contestá-la. [Aliás, no debate que se seguiu à exibição do filme no Estação Rio em 25/06, houve um certo impasse quando foi questionada a segunda afirmação acima sobre o egoísmo: como o autocentramento narcisista que desconsidera a alteridade e que impede a identificação e empatia para com o outro - que deixa de ser visto como um semelhante - não seria mais fundamental do que Arendt afirma sobre a incapacidade de um Eichmann pensar?]

Com tantas críticas de seus adversários intelectuais sobre suas atitudes, taxada de “arrogante”, “europeia” (leia-se ‘germânica’), de “olhar os judeus de cima para baixo”, etc, o filme pode até fazer com que se considere muito os ataques; o que diverge do tom geral que parece pretender mostrar a personagem como uma heroína injustiçada por pessoas que não estavam à altura de seu brilho intelectual. Ou seja, Margarethe Von Trotta repete uma (involuntária?) ambiguidade que já havíamos detectado em outro filme seu, As Mulheres da Rosenstrasse, de 2003.

A ênfase da escritora (tal como mostrada no filme) sobre a incapacidade de Eichmann pensar (pensamento como capacidade de fazer juízo entre o certo e o errado) também nos soou secundária quando vemos as atitudes do Eichmann real nas cenas documentais: friamente, com absoluta indiferença, ele diz não ter nada a ver com as mortes que, por exemplo, ocorriam já nos vagões que transportavam os judeus para os campos, pois ele “apenas” os colocava nos trem, era esta sua atividade (o famoso “apenas cumprir ordens”) acrescentando: “Eu nunca matei nenhum judeu”. O que se vê é um psicopata frio e indiferente às pessoas: só lhe interessavam os arquivos, a burocracia, os números. As pessoas não passam de detalhes que se tornaram incômodos e ele se mostra amplamente indiferente aos outros, sem nenhuma identificação com os que morreriam – e muito menos consegue desenvolver empatia para com esses "estrangeiros": os “diferentes” porque judeus, ciganos, comunistas, homossexuais, eslavos, etc. Sua identificação era apenas com o ideário autocentrado de uma 'raça pura ariana', e ele se vê como parte desse todo autocentrado e imune à piedade pelos "diferentes", os que eram vistos como "de fora" em relação a essa "raça superior".

Arendt teve toda a razão em perceber que psicopatas não são "monstros", mas humanos (como todos nós), só que eles se consideram acima de nós: arrogância ou desmesura - a pior falha humana para os gregos antigos. Mas a dramaturgia dos flashbacks que mostram (de leve, como que para não deixar de mencionar) a relação dela com Heidegger podem até dar força à crítica que ela recebe no final: se ela fosse de fato “uma filósofa de formação europeia, alemã, que nunca conseguiu perder essa identidade e que olha os judeus de cima”, tal descrição pode ser entendida como se ela estivesse aprisionada a uma identificação com Heidegger (que se filiara ao Partido Nazista já em 1933).

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Outros comentários
    478
  • dina moscovici
    05.07.2013 às 08:20

    sempre é complicado falar de filmes com temas históricos: fica-se na ambiguidade de querer encontrar a verdade dos fatos ou o valor ficcional de uma obra de arte.. Resultado, volta a discussão: o que é a verdade e o que é uma pretensa ficção-arte? Será possível chegar a uma verdade de cada fato ou a obra cria uma nova realidade que, ela sim, possa ser capaz de nos devolver uma visão mais autêntica sobre o todo da realidade? Um filme é sempre uma visão recortada que passa pela percepção do autor e atravessa a percepção de cada espectador de maneira singular. Quando assisitimos um filme baseado em uma história REAL, já vamos armados com os nossos anteriores julgamentos sobre os fatos. Estou tendo dificuldade em deixar claro o que tento dizer porque tive essa mesma dificuldade ao assisitir o filme: pode-se falar de banalidade quando se trata de crimes hediondos contra a humanidade? Vou repetir o filme e tentar ver o filme... como um filme... Dina Moscovici
  • 494
  • Irajá Menezes
    23.07.2013 às 16:11

    Acredito que as ideias fundamentais de Hannah Arendt sobre a banalidade do mal o filme sabe, sim, tocar. O problema está em que é necessário estar, no mínimo, familiarizado com vida e obra da escritora para que tais ideias façam sentido. Sem dúvida um desacerto cinematográfico que veda boa parte do entendimento dos diálogos a quem não tenha feito a "lição de casa". De bom, o filme oferece um reconhecimento do instante em que Arendt formula, para si própria, o conceito de banalidade do mal. Esse verdadeiro susto (também registrado no 'Eichmann em Jerusalém', assim como no ensaio 'Verdade e Política' escrito como resposta pública ao que ela chamou ironicamente de "controvérsia" em torno do livro e, ainda, na biografia), o filme consegue captar: a urgência de ter que admitir que estava diante de algo que não havia sido vislumbrado. É isso e não qualquer arrogância ou "trauma" antigo que a faz enfrentar, ao preço de ser duramente estigmatizada por seus próximos, o repúdio público e o ódio judeu que se manifestam imediatamente e com toda a clareza, dos anfitriões em Jerusalém aos editores da New Yorker. O que fica é que roteiro e direção demonstram fluência nos conceitos básicos da obra da autora, acrescentam detalhes interessantes a sua vida afetiva, mas a quem não a conheça, resta preencher com questões pessoais as iscas lançadas ao longo do filme. Neste sentido, diagnosticar o escriturário nazista como psicopata a partir de uma pretensa auto-evidência é desprezar parte importante da descoberta: não há traço de desequilíbrio psíquico em Eichmann. O que há é um vazio moral tão fundo que obriga a uma viravolta do eixo que norteou o exame do fenômeno totalitário formulado por Arendt até ali. Pois, pior que um evento circunscrito a uma patologia singular, Adolf Eichmann revelou a possibilidade do mal ser exercido por qualquer um. Daí, o adjetivo "banal". Não para perdoar ou minimizar os horrores cometidos e sim para circunscrever o mal entre as consequências possíveis das ações humanas, não as raras, mas as mais ordinárias ações humanas.
    • 495
    • Luiz Fernando Gallego
      23.07.2013 às 17:11

      Obrigado por sua participação e comentários, Irajá Menezes. Exatamente o que cabe, ao comentar um filme, é o que o filme consegue transmitir em relação aos fatos reais que tomou como base para uma ficção. O filme, ao meu ver, apresenta falhas de roteirização ao manter como "ponta solta", por exemplo, pequenos trechos da vida de Hannah com Heiddeger, fatos que não importavam tanto para esse momento de sua vida. Pessoas que conhecem bem o pensamento dela dizem que seria mais importante que houvesse Karl Jaspers no roteiro, muito mais do que Heidegger. E são tantas as cenas e falas de acusação a ela que um espectador pode sair com a impressão que se quis dar mais razão às críticas do que aos pensamentos originais de Arendt - e até mesmo que as críticas de germanofilia seriam pertinentes por conta de sua antiga ligação amorosa com Heidegger. O filme falha exatamente em não esclarecer outras coisas que menciona, tal como a denúncia que ela faz de negociações de líderes judeus (parece que húngaros) com o próprio Eichmann, acordo que ele veio a romper de modo devastador. Quanto ao diagnóstico de "psicopata", é importante esclarecer que o termo não se aplica a psicóticos, doentes mentais, tratáveis de várias formas (medicação, psicoterapias, etc). O "psicopata" é aquele que usa (o que foi o título que um livro clássico sobre o tema) "A Máscara da Sanidade": ele é "normal", sim, como a maioria dos humanos, mas apresentam características de personalidade que ficam autoevidentes, sim, para um profissional da área de saúde mental, ao ver Eichmann durante seu julgamento. Os outros apenas NÃO lhe dizem respeito, ele não se identifica com os "estrangeiros", os "diferentes" do grupo ao qual ele se associa. E comentando algo da realidade do que Hannah escreveu, ela exagera, sim, quando diz que ele nem era anti-semita: ele fez parte da discussão de cúpula nazista que resolveu pela "solução final". Podia ser um burocrata, um obsessivo com números, anotações, organizações (psicopaticamente indiferente ao que aquilo significava: morte), mas não era "um ninguém" no nazismo. Concordo com a observação do mal poder se apresentar em qualquer ser humano, mas apenas será mais evidente em pessoas com estrutura de personalidade (modo de ser) como o de Eichmann: personalidade psicopática (ou "distúrbio de caráter"). Abraço
    496
  • Irajá Menezes
    23.07.2013 às 19:25

    Luiz Fernando, concordo totalmente com o julgamento que você faz do filme. A quantidade de pontas soltas é comprometedora. Como afirmei no comentário, é filme pra ver com manual de instruções. Desacerto. Muito pertinente também a observação de que Eichmann, por mais intrinsecamente burocrata que tenha sido, desempenhou, sim, papel nas decisões que levaram ao Holocausto. Sobre classificar Eichmann como psicopata, percebo que você discorda da tese da banalidade do mal. Pessoalmente vejo uma contradição em pensar os crimes que ele cometeu como resultado de um distúrbio de caráter, já que o totalitarismo foi um fenômeno civilizacional. As práticas adotadas nos campos de extermínio nazistas se repetiram nas ditaduras comunistas e podemos reconhece-las, em larga medida, nas ações genocidas de África, Indonésia e Europa Oriental. Acredito que justamente esse foi o nó que Hannah Arendt passou a vida tentando desatar: como tanta gente (e tanta gente normal) pode praticar ações tão devastadoras? E creio que ao presenciar a nulidade moral de Eichmann, ela vislumbrou um ponto em comum e aí concebeu a hipótese de uma capacidade humana para "suspender o pensamento". Não se tratava de algo que, como você diz, "é mais evidente em pessoas com distúrbio de caráter", pois justamente, é uma capacidade que propicia se desprender momentaneamente daquilo que nos acostumamos a ordenar através do caráter. Arendt viu surgir diante de si alguém que reivindicava ser "sem nenhum" caráter. É, evidente, uma descrição muito próxima da de um psicopata. A questão que, acredito, Hannah Arendt nos legou, é como pode um distúrbio que facilmente compreenderíamos se permanecesse no âmbito pessoal e intransferível se alastrar por populações inteiras durante tempo definido e, depois disso, retornar-se à normalidade? Esse o susto que ela parece ter levado ao ver o "ninguém" sentado no lugar do monstro nazista. Uma abraço
    • 498
    • Luiz Fernando Gallego
      23.07.2013 às 23:05

      Vou tentar resumir minha ideia com um exemplo de diálogo que de fato travei com uma pessoa que assistiu um debate sobre o filme "Amem", de Costa-Gavras, do qual eu participava. Uma senhora, da plateia, perguntou como é que eu, como psicanalista, mais do que como crítico de cinema, via essa "monstruosidade" do nazismo, pois para ela, essas pessoas (os nazistas da cúpula de que o filme trata) "não eram gente". O que eu respondi é que esse foi o "argumento" usado pelos nazistas para induzir outras pessoas a colaborarem na matança, sem a menor culpa; pois se judeus, ciganos, homossexuais, etc etc (todos que fossem não-arianos) também 'não fossem gente', poderiam ser mortos tal como matamos insetos que nos trasmitem doenças graves, seria uma questão 'higienista' e de cunho até mesmo 'nobre'. A estrutra psicopática faz parte da condição humana. Todos temos traços potenciais obsessivos, fóbicos, histéricos, depressivos, maníacos, paranóides e também psicopáticos, mas tais traços podem não ser dominantes, ou seja, apesar de termos traços potenciais, não necessariamente nos tornamos estruturalmente, no sentido mais amplo e dominante, obsessivos, fóbicos, histéricos, etc etc ...e psicopatas. Também não acho que a constatação de distúrbio de caráter em determinadas pessoas seja obrigatoriamente excludente da ideia de uma 'banalidade do mal', mas Arendt precisou dessa categoria para repensar o que, também para ela, a priori "tinha que ser" des-humano (ou seja, "monstruoso", excepcionalmente mau) - quando o que ela encontrou em Eichmann foi, para surpresa dela mesma, "gente como a gente" que teria se deixado submeter a uma engrenagem perversa. A questão é que Eichmann participou do engendramento dessa tal engrenagem. O psicanalista Heinz Kohut chegou a escrever, para escândalo de muita gente, que algum dia teríamos que ter algum grau de empatia compreensiva (não "justificativa") para esse fenômeno ao qual tantas pessoas se submeteram, e que isso, mais do que apenas conhecer a História, é que permitiria evitar que o fenômeno se reproduzisse. Arendt precisou excluir o egoísmo como base para a compreensão que ela desenvolveu no sentido da "banalidade do mal" quando o egoísmo (ou narcisismo, no sentido excludente da alteridade) está na base da psicopatia que desconsidera a alteridade. O dilema dela pode ser aproximado ao de Sartre quando precisou categorizar a "ma´fé" por não poder aceitar a existência de um Inconsciente que agisse em sentido oposto ao ser volitivo racional capaz de escolher, pois o Inconsciente feria sua tese sobre o fazer existencial (a existência) definindo (precedendo) a essência. Quando ele aceita escrever o roteiro do filme "Freud" para John Huston, como mostra Elisabeth Roudinesco em um belo ensaio que foi publicado originalmente na revista "Tempos Modernos", e pode ser encontrado, revisto, no livro "FILOSOFOS NA TORMENTA: CANGUILHEM, SARTRE, FOUCAULT, ALTHUSSER, DELEUZE E DERRIDA", conforme o título brasileiro, Sartre faz uma revisão tácita de sua oposição ao conceito de Inconsciente imaginando um Freud que se conhece através do conhecimento do outro (o paciente/a paciente histérica), incluindo a intersubjetividade como elemento de ligação para o "conhece-te a si mesmo". O mal cometido por um psicopata tem característica de ser algo tão banal, prosaico, comum, quanto para nós outros pode ser banal, espontâneo e corriqueiro o sentimento de compaixão para com o sofrimento alheio.
    554
  • Hebe Antonioli
    14.08.2013 às 06:31

    Grande frustração com o "Hannah Arendt"! (...) Muitos, demais, gostaram, mas não creio que seja propriamente do filme, mas de Hannah, a mulher verdadeira, que assombrou sua comunidade, especialmente a judaica e os amigos Hans Jonas e Kurt Blumenfeld, ao ver no carrasco apenas um homem de coração sadio, cumpridor burocrático de seus deveres. Isso, porém, já constava de "Eichmann em Jerusalém", base do script de von Trotta. O filme peca pela ambição de fornecer um antisséptico de largo espectro a Arendt, amparado pela "censura" a qualquer contra-argumentação quanto à visão que ela teve de Eichmann como ser humano. Von Trotta abusou de seu próprio charlatanismo, inclusive na cena final, quando Arendt se expõe diante de seus alunos e sai "vitoriosa". Essa tendência de absoluta defesa do lado emotivo de Arendt diante do julgamento restou patética no filme, levando para o brejo o insuspeito ingrediente da racionalidade. Valeu, no entanto, pelas cenas documentais.
  • 565
  • marlise reis
    19.08.2013 às 09:29

    Após a leitura dos comentários brilhantes, de Irajá Menezes e Fernando Gallego só tenho a dizer que nestas leituras descobri o suposto mundo de Hanna Arend,mulher brilhante que desafiou a estrutura social e politica do seu tempo.Parabens a Irajá e a Fernando pela aula de filosofia, sociologia e história.Obrigada.