Críticas


O ÚLTIMO ATO

De: BARRY LEVINSON
Com: AL PACINO, GRETA GERWIG, DIANNE WIEST, KYRA SEDGWICK
31.03.2015
Por Luiz Fernando Gallego
Veículo para Al Pacino revalidar sua competência em enredo “sério”.

Baseado no penúltimo romance de Philip Roth, lançado em 2009 (“A Humilhação” na tradução brasileira) este filme é, antes de tudo, um veículo para Al Pacino revalidar sua competência como ator em um enredo “sério” – embora a adaptação de Michal Zebede, estreando como roteirista em longa-metragem, em parceria com o mais experiente Buck Henry (de A Primeira noite de um homem) puxe mais para o lado cômico do que a leitura do livro nos deixou na lembrança. Pelo menos a plateia riu bastante das situações cínico-patéticas do personagem de Simon Axler, um ator em crise ao qual Pacino emprestou – quem sabe? – características dele mesmo como ator - ou de todos os atores que vivem mais para o palco do que para a “vida real”.

O restante do elenco merece estar em companhia do astro do filme, com destaque para Greta Gerwig (que encantou muita gente em Frances Ha, de 2012) e para famosas coadjuvantes oscarizadas como Dianne Wiest e Kyra Sedgwick, novamente coadjuvantes.

Talvez seja o melhor filme do bem mediano diretor Barry Levinson em muitos anos: premiado por Rain Man, no passado ele tem a seu crédito poucos títulos memoráveis, geralmente com ajuda de grandes atores (Bom dia Vietnã, e Mera Coincidência), mas desde 2001 quando fez Vida Bandida (com outro ótimo time de atores) não realizou mais nada digno de nota.

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