Críticas


A BELA ESTAÇÃO

De: CATHERINE CORSINI
Com: CÉCILE DE FRANCE, IZÏA HIGELIN, NOÉMIE LVOVSKY.
13.07.2016
Por Luiz Fernando Gallego
Feminismo parisiense dos anos 1970 versus preconceitos interioranos.

O filme recria o movimento feminista parisiense nos anos 1970 em contraste com a realidade machista do interior da França. Para sublinhar as diferenças e demonstrar os preconceitos, mais um amor impossível tipo Romeu e Julieta, só que entre duas moças: a interiorana Delphine e a cosmopolita Carole. Levado de forma tradicional e mais ou menos previsível, o filme conta com bons desempenhos das atrizes, destacando-se a mãe provinciana vivida pela (também diretora e atriz indicada ao César várias vezes) Noémie Lvovsky em forte interpretação contida e quase todo o tempo interiorizada. Cécile De France tem uma presença mais matizada, conforme pede sua 'Carole', e Izïa Higelin segue outra chave, mais discreta, como seria pertinente para a personagem.

As cenas eróticas são bem menos explícitas do que em Azul é a cor mais quente, servindo bem ao propósito do filme que destaca a atração prioritariamente afetiva e só consequentemente física. Sem deixar de expor o belo corpo de Cécile (aos quarenta anos) assim como o mais roliço da atriz mais jovem.

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