Críticas


KÓBLIC

De: SEBASTIÁN BORENSZTEIN
Com: RICARDO DARÍN, OSCAR MARTINEZ, INMA CUESTA
13.10.2016
Por Luiz Fernando Gallego
Uma prática assassina infame da ditadura militar argentina é usada de modo superficial no enredo.

Por algum tempo inicial do filme chegamos a pensar que, por fim, Ricardo Darín estaria fazendo um papel menos simpático do que seus personagens habituais; mas o roteiro, sobrecarregado de clichês, trata de colocar o ator em um papel de quase super-herói. A premissa de tomar como base uma das práticas assassinas mais infames da sangrenta ditadura militar argentina é usada de modo superficial e bastante questionável para um desenvolvimento banalíssimo do roteiro que envolve paixão amorosa de risco e vilões caricatos - e que poderia ter partido de quaisquer outros antecedentes para um personagem em fuga do tipo “torturado pelo passado” em uma trama algo policialesca com cacoetes de filme “noir” trivial.

A única qualidade do enredo é o retrato de como, sob um governo ditatorial/totalitário, pode medrar a perda de privacidade e o poder policialesco em busca de denuncismo, resultando em abusos de poder cada vez maiores. Mas isso não é suficiente para redimir o filme.

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Outros comentários
    4402
  • Allard Amaral
    31.10.2016 às 13:17

    A presença de Ricardo Darin, já é um referência para qualquer filme.. Sendo o melhor ator argentino da atualidade, interpretando o papel título Tomás Kóblic, um militar traumatizado por levar pessoas para a morte. O pano de fundo é a ditadura argentina nos anos 70, esse filme policial não empolga, segue uma linha onde o romance proibido ganha mais destaque. O delegado do filme, meio que caricato, rouba a cena !!!