Cartas


CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS

15.12.2005
Por Marcelo Janot
CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS

DE: Edmilson Vieira

PARA: Críticos.com.br



Parece que ao iniciar Cinema, Aspirinas e Urubus, o espectador passa a contemplar e torcer mais ainda pela sétima arte. Em seguida, se remete ao panorama do Brasil em plena Segunda Guerra Mundial. O cineasta fez coleta de músicas, personagens e cenários, propondo que habitassem um mundo impressionista, tão marcante quanto o sol e as desigualdades do Nordeste brasileiro.



A narrativa vem impregnada de vidas que passam e vão encontrando sombra no personagem alemão. Mas o jovem estrangeiro é apenas um professor que ensina a associar o cinema à dor de cabeça, e nada mais. O longa-metragem aguça o espectador com registros do cotidiano da guerra na década de quarenta, e essa, foi real, até na mais brava superfície do sertão pernambucano.



O filme parece com o expresso polar contornando a região da seca. Ora queremos ter a sensação que é bom; ora de que é mais um, parecido com tantos outros que já vimos, mas os elementos vêm mostrar que sua natureza é acertada. Cinema, Aspirinas é um avanço na maneira como sentimento e luz podem caber na mesma embalagem. E os urubus? Ah, não venham com essa dor de cabeça.

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