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MOSTRA PÉTER FORGÁCS: ARQUITETURA DA MEMÓRIA

01.02.2012
Por Críticos.com.br
MOSTRA PÉTER FORGÁCS: ARQUITETURA DA MEMÓRIA

Começou em 31/01/12, no CCBB-Rio, a mostra Péter Forgács: arquitetura da memória com curadoria da colaboradora do críticos.com.br Patrícia Rebello.



Segundo Patricia no texto de apresentação da mostra o cinema de Péter Forgács se inscreve precisamente na fresta aberta pelo encontro complexo de diferentes tempos e diferentes propriedades da imagem.



A própria trajetória do diretor, o deslocamento entre os campos da televisão, do cinema e da arte contemporânea, o diálogo com suportes alternativos testemunham a vitalidade de uma forma de expressão audiovisual que se torna cada vez mais recorrente entre nós: o uso (e a manipulação) de imagens de arquivo.



No Brasil, seus filmes são conhecidos pelas participações do artista no festival internacional de documentários É Tudo Verdade. Em 2006, Forgács esteve por aqui como participante da conferência internacional de documentários promovida pelo festival, e que naquele ano tinha como tema a subjetividade no documentário. Foi também o momento em que estudos e investigações sobre esse tipo de cinema ganharam um impulso que parece ainda estar longe de se esgotar.



Bill Nichols, teórico e pesquisador do documentário, responsável pela criação de uma eficiente metodologia de compreensão deste tipo de cinema (os “modos de representação”), observa que os filmes de Péter Forgács – construídos a partir da reorganização de material de arquivo – não têm como objetivo polemizar, explicar ou julgar. Ao contrário: eles procuram evocar um sentido para experiências passadas, de forma a retomá-las como um eco do seu futuro – as grandes tragédias que abalaram a primeira metade do século passado.



Paralelo à produção fílmica, o diretor também investe na criação de instalações em espaços de galerias e museus. Os processos reflexivos tanto do cinema quanto das artes plásticas são mecanismos visivelmente retroalimentáveis em seu trabalho.



O estilo narrativo de Péter Forgács é amplamente alimentado pela maneira como o diretor joga com as imagens nas diferentes manifestações artísticas. Artista multimídia e cineasta independente, durante as décadas de 1970 e 1980 ele esteve ligado a grupos e diretores de cinema underground em Budapeste, na Hungria, que se reuniam em torno do célebre Bela Balazs Studio.



Foi a partir de 1982 que ele começou a colecionar os found footages (fragmentos, tiras, pedaços, rolos de filmes amadores e caseiros, em sua maioria anônimos), que se tornariam a base de seu trabalho. Utilizava, para isso, uma metodologia peculiar: anúncios de jornal. Além do material de arquivo, quase uma marca registrada de sua obra (já que muito pouco é filmado pelo próprio Forgács), seu estilo se distingue por procedimentos típicos de processos reflexivos: narração em off, linguagem poética, cartelas, fusão de cenas, paradas na imagem, repetições, trilha sonora minimalista, cortes rápidos alternados à diminuição da velocidade das cenas, coloração dos pedaços de filme em tons sépia e azul, entre outros.



Ao lado de nomes como Agnès Varda, Harum Farocki, Jonas Mekas, Chantal Akerman, Alexander Kluge e Jean-Luc Godard, Forgács é um realizador que se concentra na exploração da natureza da imagem, na forma como é enunciada, percebida e, ainda mais importante, forjada.



O cineasta chega ao Brasil no dia 8/2 e participará de conversa com o público no Rio, São Paulo e Brasília, ao lado de Bill Nichols.



PROGRAMAÇÃO



terça-feira | 31/janeiro



• 17h



• Tractatus de Wittgeinstein (35 min)



A Família Bartos (61 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 19h



• Hunky Blues – O Sonho Americano



(100 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• quarta-feira | 1/fevereiro



• 17h



• El Perro Negro – Histórias da Guerra Civil Espanhola (84 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 19h



• A Sós com a Morte (118 min)



• Classificação indicativa: 12 anos



• quinta-feira | 2/fevereiro



• 16h



• Eu sou Von Höfler (parte 1) (80 min)



• Eu sou Von Höfler (parte 2) (80 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 18h30



• A Terra do Nada (62 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



Sessão seguida de debate com Andréa França e Eduardo Escorel, mediação de Patricia Rebello



• sexta-feira | 3/fevereiro



• 15h



• Miss Universo 1929 (70 min)



• Classificação indicativa: livre



• 17h



• Um Leitor de Bibó (69 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 19h



• O Êxodo do Danúbio (60 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• sábado | 4/fevereiro



• 16h



• Um Leitor de Bibó (69 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 18h



• Queda Livre (75 min)



• Classificação indicativa: 12 anos



• 20h



• O Turbilhão – Uma Crônica Familiar



(60 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• domingo | 5/fevereiro



• 16h



• Márai Herbal (35 min)



• Dusi & Jenő (45 min)



• Classificação indicativa: livre



• 18h



• O Filme de Angelo (60 min)



• Classificação indicativa: 12 anos



• 20h



• Enquanto isso em algum lugar...1940-1943 (52 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



terça-feira | 7/fevereiro



• 15h



• Eu sou Von Höfler (parte 1) (80 min)



• Eu sou Von Höfler (parte 2) (80 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 19h



• E/Ou (43 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• quarta-feira | 8/fevereiro



• 17h



• Hunky Blues – O Sonho Americano



(100 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 19h



• El Perro Negro – Histórias da Guerra



Civil Espanhola (84 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• quinta-feira | 9/fevereiro



• 15h



• O Êxodo do Danúbio (60 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 17h



• A Terra do Nada (62 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 19h



• A Sós com a Morte (118 min)



• Classificação indicativa: 12 anos



• sexta-feira | 10/fevereiro



• 15h



• Márai Herbal (35 min)



• Dusi e Jenö (45 min)



• Classificação indicativa: livre



• 17h



• E/Ou (43 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 19h



• O Filme de Angelo (60 min)



• Classificação indicativa: 12 anos



• sábado | 11/fevereiro



• 16h



• Queda Livre (75 min)



• Classificação indicativa: 12 anos



• 18h



Debate com Péter Forgács e Bill Nichols, mediação de Patrícia Rebello



• 20h



• O Turbilhão – uma Crônica Familiar



(60 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• domingo | 12/fevereiro



• 16h



• Miss Universo 1929 (70 min)



• Classificação indicativa: livre



• 18h



• Tractatus de Wittgeinstein (35 min)



• A Família Bartos (61 min)



• Classificação indicativa: 10 anos



• 20h



• Enquanto isso em algum lugar...1940-1943 (52 min)



• Classificação indicativa: 10 anos

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