Especiais


FESTIVAL DO RIO: GUIA CRÍTICO

27.09.2013
Por Marcelo Janot
Apostas sobre o que privilegiar entre quase 400 filmes

Mais uma vez o cinéfilo se vê perdido na hora de selecionar o que ver entre quase 400 filmes. Da lista abaixo, poucos eu vi, mas são filmes credenciados por prêmios em festivais importantes ou elogios da crítica. Outros me interessaram pelo tema ou pelo diretor. Vale esclarecer que, com a exceção do documentário dirigido pelo nosso colega Nelson Hoineff, não citei nenhum filme nacional por acreditar que eles entrem em cartaz em breve, assim como filmes estrangeiros com data marcada para estrear, caso dos novos de Woody Allen e Paolo Sorrentino, ou que podem ser encontrados em DVD ou vistos na TV, como os da retrospectiva de Paul Schrader. Festival é sempre um evento de apostas. Então vamos torcer para que os indicados abaixo sejam realmente bons e que outros que não estão aqui se revelem gratas surpresas. Ótimo evento para todos e não deixem de acompanhar as críticas publicadas pela equipe do Críticos.com.br diariamente no site.



- O ATO DE MATAR, de de Joshua Oppenheimer. Uma investigação profunda e pra lá de barra-pesada da violência na Indonésia na década de 60.

- BEHIND THE CANDELABRA, de Steven Soderbergh. Premiado no último Emmy, esta produção para TV competiu em Cannes e parece compensar os fiascos que Soderbergh vinha fazendo recentemente.

- CAUBY – COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ, de Nelson Hoineff. Do nosso companheiro de equipe no Criticos.com.br sempre se pode esperar uma abordagem original de seus biografados.

- CORREDOR DA MORTE II - RETRATOS: ROBERT FRATTA, de Werner Herzog. Herzog retoma o tema de seu magistral “Into the Abyss”(2011), inédito comercialmente no Brasil, no formato de série de TV.

- CRYSTAL FAIRY E O CACTUS MÁGICO, de Sebastian Silva. Hora de conferir se o diretor chileno, que se destacou com o ótimo “A Criada”, tem mesmo potencial para se firmar entre os melhores realizadores latino-americanos do momento.

- A DANÇA DA REALIDADE, de Alejandro Jodorowski. Aos 84 anos, o mítico e cultuadíssimo diretor de “El Topo” reencena sua própria biografia.

- OS ENCONTROS DA MEIA-NOITE,de Yann Gonzalez. Meditação sobre sexo, amor e morte em atmosfera kitsch, ganhou elogios em Cannes, onde passou fora de competição.

- UM EPISÓDIO NA VIDA DE UM CATADOR DE FERRO-VELHO, de Danis Tanovic. O novo filme do diretor bósnio de “Terra de Ninguém” faturou o grande prêmio do júri e melhor ator em Berlim.

- FADING GIGOLO, de John Turturro. Como Woody Allen tem atuado pouco em seus próprios filmes, como resistir a ele no papel de cafetão do gigolô Turturro?

- FRUITVALE STATION, de Ryan Coogler. Premiado na mostra Um Certo Olhar de Cannes e no Festival de Sundance.

- A GAROTA DE LUGAR NENHUM, de Jean-Claude Brisseau. Pode-se esperar a ousadia habitual do diretor nesse filme que venceu o Leopardo de Ouro no Festival de Locarno 2012.

- UMA HISTÓRIA DE CRIANÇAS E CINEMA, de Mark Cousins. Responsável pela imprescindível série “Story of Film”, o crítico/diretor Mark Cousins presenteia os cinéfilos mais uma vez.

- A IMAGEM QUE FALTA, de Rithy Panh. Como se não bastasse o talento do realizador cambojano Rithy Panh, esse doc sobre o Khmer Rouge tem tintas autobiográficas e foi premiado em Cannes.

- O INQUILINO, de Alfred Hitchcock. Um dos filmes da fase britânica de Hitchcock que serão exibidos em cópia restaurada.

- MANUSCRITOS NÃO QUEIMAM, de Mohammad Rasoulof. Cinesta iraniano driblando a censura e trazendo na bagagem o prêmio FIPRESCI da mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes? Imperdível.

- MICHAEL HANEKE – PROFISSÃO: DIRETOR, de Yves Montmayeur. Investigação sobre a obra do diretor de “Amor”, “A Fita Branca” e “Caché”.

- NEBRASKA, de Alexander Payne. O filme deu o prêmio de melhor ator em Cannes ao excelente Bruce Dern e saiu de lá coberto de elogios da crítica internacional.

- NIGHT MOVES, de Kelly Reichardt. Praticamente desconhecida no Brasil, Kelly Reichardt é uma ótima cineasta cuja obra merece ser descoberta.

- ONLY LOVERS LEFT ALIVE, de Jim Jarmusch. Dividiu opiniões em Cannes, mas filme de Jarmusch estrelado por Tilda Swinton merece ser visto.

- SACRO GRA, de Gianfranco Rosi. Primeiro documentário da história a receber o Leão de Ouro em Veneza, o que não é pouco.

- SALVO, de Fabio Grassadonia, Antonio Piazza. Premiado na semana da crítica do Festival de Cannes.

- SHAMPOO, de Hal Ashby. A presença de Goldie Hawn na cidade é o pretexto para se (re)ver na tela grande esse ótimo filme do grande diretor Hal Ashby.

- SPRING BREAKERS: GAROTAS PERIGOSAS, de Harmony Korine. Esteticamente criativo, é um dos mais afiados retratos do hedonismo da geração 2.0

- A ÚLTIMA GARGALHADA, de F.W. Murnau Um dos clássicos de Murnau que serão exibidos em cópia restaurada.

- YELLA, de Christian Petzold. Grande oportunidade para se assistir ao melhor filme do diretor alemão, estrelado em 2007 pela mesma Nina Hoss de “Barbara”.

Voltar
Compartilhe
Deixe seu comentário