Se o leitor ainda aguenta ou curte filmes em que uma pessoa (o individualismo no sonho americano) por talento e esforço consegue, apesar de tantas adversidades, vencer na “nação das oportunidades para todos”;
se o leitor ainda tolera roteiro do tipo "manual de roteiros" com apresentação dos tipos, desenvolvimento rumo ao árduo sucesso, reviravolta quando tudo parece que vai dar errado, até que qualquer deus ex machina improvisado apareça para dar uma mãozinha, lá pela vigésima-quinta hora;
se adora a simpatiquinha e talentosa (até certo ponto) Jennifer Lawrence a ponto de considerá-la uma “grande atriz” (o que ela ainda não chegou a ser, mas que, como nova namoradinha da América, não pode deixar de ser indicada na temporada de prêmios, seja por qualquer filme em que apareça em qualquer papel);
se não se irrita com narrativa em off para o roteiro modorrento, direção-clichê, tentativas de humor frustradas de tão mal conduzidas e edição sem ritmo
- e não sofre ao ver o Robert De Niro mais uma vez transformado em uma sombra entediante do grande ator que ele é (ou era, ou foi) em papel bem secundário que não passa de “escada” para a estrelinha do filme...
...então, pode ser que goste de Joy: o nome do sucesso. Caso contrário, não diga que não foi avisado.