Vinte jornalistas e ensaístas filiados à Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro reuniram-se no dia 22 de dezembro para escolher os melhores filmes da temporada de 2005. No topo da lista apareceu o drama nipônico Ninguém Pode Saber, de Hirokazu Koreeda, que trata de um problema inusitado na afluente e bem-resolvida Tóquio moderna: crianças virtualmente abandonadas pelos pais, que precisam sobreviver sozinhas (leia a crítica de Daniel Schenker Wajnberg).
O cinema brasileiro emplacou dois filmes de extração nordestina – Cidade Baixa e Cinema, Aspirinas e Urubus - que estão entre os nossos mais festejados exercícios de ficção cinematográfica dos últimos anos. Tim Burton foi o primeiro cineasta a ter dois filmes entre os 10 melhores numa mesma temporada. E Clint Eastwood confirmou o status de cult da crítica carioca, após ter Sobre Meninos e Lobos incluído na lista dos melhores de 2003.
Este foi o resultado da eleição da ACCRJ:
NINGUÉM PODE SABER", de Hirokazu Kore-Eda (Japão) - melhor filme de 2005
Os demais, em ordem alfabética:
BOM DIA, NOITE, de Marco Bellochio (Itália)
CIDADE BAIXA, de Sérgio Machado (Brasil)
CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS, de Marcelo Gomes (Brasil)
A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE, de Tim Burton (EUA)
UM FILME FALADO, de Manoel de Oliveira (Portugal)
MARCAS DA VIOLÊNCIA, de David Cronenberg (EUA)
MENINA DE OURO, de Clint Eastwood (EUA)
A NOIVA-CADÁVER, de Tim Burton (EUA)
OLDBOY, de Park Chan-wook (Coréia do Sul)
De 24 de janeiro a 5 de fevereiro, o Centro Cultural Banco do Brasil-RJ e a ACCRJ promoverão uma mostra com os filmes acima, acompanhados de debates com críticos e convidados especiais. Aguarde a programação nos próximos dias.